terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Feeling alive again

Procurei em cima da secretária por entre uma pilha de livros amontoados, uns quantos papeis rasgados e a caneca do chocolate quente que deixei arrefecer, por algo que me fizesse despertar de novo a imaginação.
Não encontrei.
Passei o dia sossegada, recostada a um canto da janela, sem nada fazer, e a estudar para um exame.
Acorda!! Chega disto! Onde é que está a pessoa que tu eras? Não acredito que se tenha perdido num mero labirinto de dilemas e mais dilemas de um jogo sádico a que chamamos vida! Foi isso que te derrubou? Foi isso que te levou a abrir mão de tudo e do espaço onde podes partilhar uma imensidão de ti? Pensei, ou pensei que pensei, porque de facto foi alguém dentro de mim que o fez.
Fê-lo porque que estava farta que me deixasse cair no vazio. E eu obedeci.
Estou de volta a este espaço e pronta para continuar um capítulo que deixei em branco.




terça-feira, 31 de maio de 2011

Inquietação

Desculpem, ando sem conseguir escrever...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Linhas...

Há histórias confusas de vidas complicadas.
Sou a principal mentora das minhas experiências causa - efeito, sou o culminar de um amor que teve como fim, final nenhum, sou uma caixa de fósforos incapaz de eclodir luz.
Desperta-me. Desperta em mim o desejo de evocar o próprio desejo, e faz-me desejá-lo. Recria o alfabeto, faz girar o mundo, remexe no meu outro livro, aquele que acabei antes de te tornar personagem desta nova composição.
Funde-te em mim. Preciso que cada rasgo de ti me preencha.
Preciso - (te).
Algures por aí, agora, ou numa narrativa aberta, bem para além daquilo que os fados ditaram.




quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Desníveis...

 Passaporte.
Mudei o ângulo, as linhas das minhas construções, a dimensão da sua área, e integrei-a nos meus objectivos.
Como ave migratória, majestosa e imponente desloco o meu espírito. Fujo de tudo o que é gélido, facilmente errante e me desconcerta a noção do real. Procuro o aconchego de um futuro algo saudosista.
Sim, um futuro consumido a dois, que me traz já a sensação de vazio, um vazio estilhaçado aos meus pés. Quero ocupar cada etapa, quero amar, quero cair, ganhar, perder… Talvez seja ânsia. É o nome que comummente lhe atribuem, este desejo de antecipar o ainda desconhecido. Ah, mas eu não tenho mais medo, quero-o para mim, que venha então… 

“ Leve,
             breve,
                           suave “ … 




terça-feira, 23 de novembro de 2010

Letras Discretas...


Acomodo-me ao aconchego da noite que vem com mais um fim de tarde, uma tarde em que pude descansar nos teus braços.
O cansaço e a fadiga dos dias que passam vigorosamente por mim sem eu sequer dar conta abraçam-me contigo. Suportas o meu peso e sinto a tua respiração no meu cabelo, a tua mão a passar-me pelo corpo carinhosamente. Empatia mútua. És marinheiro no meu barco de dois tripulantes apenas, navego contigo e emaranho-me na aventura que nos trará um novo amanhecer, este, mais leve e renascido, que me acenderá uma nova chama que irá arder e me fará incessantemente encontrar coragem e querer prosseguir viagem.
 

 



quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Carácter



Só preciso do teu abraço que me envolva, e a tua respiração que me desperte os sentidos que mantenho quietos.
Subindo bem devagar as escadas do meu caminho revejo-me na figura daquela em que me tornei, mulher que peca por algum capricho, insegura de tanta coisa e tão segura de tudo, lacrimeja facilmente e por razões que não passam pela compreensão da própria razão. Mulher terna e perspicaz, coração mole de matéria natural.
Este é o espelho do que sou. Alma, construção complexa de materiais reciclados.

domingo, 17 de outubro de 2010

Linhas vazias...



Soltem-me raízes de saudades amargas, de reflexões incongruentes, de coragem e testemunhos de bravidão.
Deixem-me a falar sobre o vazio, estas linhas meias vagas, em que nada parece ter sentido, que não dizendo nada, dizem tanto do que sou. Envolvam-me ventos de bonança, de reviravoltas e certezas nada efémures, levem-me convosco e façam com que o meu corpo, pesado, se torne peso leve tal qual a brisa que me sustenta e que com um suspiro se vê deambulante, desorientada e fria…