sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Força maior...


Quis adormecer na minha vontade o silêncio. Embalou-me como que uma simples folha levada pela força da corrente de toda e qualquer orquestra de gotas de água caindo quase que magistralmente no abismo. Aquelas que ousam romper este silêncio a que forçosamente me rendi . Nunca antes havia sido assim, e porquê contrariar?
Não espero que me entendas, quando nem eu mesma por desleixo o exijo de mim.
Algo mais se esconde por detrás das letras que aqui componho.
Este “ ser “ que me sufoca, e acorrenta, que lidera qualquer nobre batalha…
Chamo-lhe segredo.

( foi composto para ti M. Duarte C. )

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mais conhecida por " Sociedade "...



Itinerários traçados, e vou vivendo. Um dia por aqui, outro dia por ali, pouco me importa.
Vagueio-(me)  como ave migratória sem pouso, como pedaço de papel  ao sabor do vento.
É excitante a adrenalina que me corre nas veias.
Paro um momento.
Perco-me no som dos ponteiros e busco no silêncio a arma que me torne raposa em parte incerta, algures fora das linhas por mim impostas.
Não presto atenção ao mundo que passa por mim e pelo qual insisto em não me fazer acompanhar. Fecho os olhos, tapo os ouvidos, e rendo-me ao silêncio.
Numa selva de Hienas, aprendi a lidar com o perigo.

sábado, 21 de agosto de 2010

Arquitectura dos sonhos...



Tenho nas mãos o poder necessário para mudar o mundo, o Meu mundo.
Foge-me por entre os dedos a coragem para o remodelar, traçar as malhas de uma arquitectura perfeita.
Resultado: um telhado com falhas, uma porta disforme, e janelas gastas pelo tempo.
Vamos construí-lo juntos, escolheremos  um terreno estrategicamente planeado, e a mais agradável vertente soalheira.
 Fugiremos de todas as vertentes úmbreas, e passaremos a coexistir juntos, numa casa de telhado sem falhas, uma porta uniforme, e janelas  nunca antes  abertas…

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Percepções...


- Quero… Sentar-me lá fora e ver a lua iluminar-te o rosto, debruçar-me no teu peito e sentir-te a cada batida, essa que me eleva a um grau de euforia tal que me contenho para não duvidar da veracidade de cada minuto que estou a passar.
- Desejo…Que te tornes meu apenas mais esta noite, marcar-te como cicatriz que te trará à memória todas as horas que realmente valeram a pena juntos.
- Anseio…Reviver cada traço teu, desenhar-te em linhas meio fuscas que ocultarão o teu repentino desaparecimento deste canto que aqui dentro guardei apenas para ti.
- Preciso Sobretudo… Que te mantenhas presença assídua perante os meus olhos, para assim ter a oportunidade de refazer cada linha que tracei no início do meu desenho…

sábado, 14 de agosto de 2010

Fácil...



Tenho o coração apertado de novo.
Questiono-me: diferente, eu? Claro que estou diferente, há um ano que não me vias e embora digas que o tempo não me transformou e fez evoluir como pessoa, então mentes. Encostas-te à verdade que te tentam impingir, aquela que é a mais fácil de aceitar. Tudo isto porquê? Porque preferes acreditar nela? Claro que sim. Não há nada que consiga ver mais claramente neste momento. Engraçado como consegues perceber que estou na mesma e me consegues  deixar em baixo dizendo que as pessoas evoluem e que não sou uma delas…
Estás cá há dois dias. Que é feito dos nossos risos, da nossa cumplicidade e felicidade mútua?
Talvez não seja eu que estou diferente, mas sim duas pessoas que me eram tanto e que agora me dizem tão pouco.

domingo, 8 de agosto de 2010

Sem Norte...


O meu coração bate a cem à hora… Os nossos olhares cruzaram-se há pouco nas escadas do centro comercial. Não desviámos o olhar um do outro, e por momentos acreditei que eras o Homem da minha vida.
Escorregaste e caíste para trás aos pés dos teus amigos… Ri-me para ti e tu esboçaste um sorriso que me contagiou e sinto que nos ligámos apenas por entre os risos e olhares cúmplices. As escadas iam subindo e foste-te afastando de mim, deu-me vontade de correr para os teus braços e te abraçar. Sei com toda a certeza que irias corresponder.
Não o fiz.
Vejo-te a dizer-me adeus já no andar de cima e faço o mesmo.
Um último sorriso e perco-te de vista.
Estou arrependida, deveria ter corrido para ti! Não me sais da cabeça e tenho o coração aos saltos.
Não sei nada de ti para além de seres escuteiro.
Não vou desistir de te voltar a encontrar, e quando esse dia chegar, vou correr, e vou apertar-te com toda a força nos meus braços,

Meu estranho desastrado…