sábado, 26 de junho de 2010

Para vocês ( resistentes ) que me seguem...




 Vocês são os meus mais fiéis confidentes, cruzam as malhas da minha insegurança com a vossa simpatia e embalam-me abrindo os braços e acolhendo-me nesse grande abrigo.
São como que o meu diário conselheiro, onde transformo a minha vida em simples palavras neste caderno sem linhas.
Vêm alimentando em mim esta vontade de escrever sem qualquer acanhamento, e dando-me a segurança necessária para que estes meus pensamentos voem e aqui pousem.
Aconselham-me e sobretudo são sinceros nas palavras que preenchem este meu canto.
Não, não acredito que seja por pura obrigação, ou simpatia até, arrisco dizer.
E tendo vocês também muitas ideias para organizar, chegam a perceber mais de mim que este meu EU desorientado.
 EU, única detentora deste corpo. E se tenho saído vencedora destes múltiplos jogos constantes da vida, devo-o em grande parte a vocês...

Por isso queridos seguidores, deixem-me tratar-vos por amigos. Seria a maior das minhas vitórias.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Bon voyage...


E quando a luz me ofusca e as raízes da tristeza me invadem e esturpem de mim as lágrimas de um passado que me marcou, tu apareces.
Vieste e resgataste-me, quebrando a corrente que me mantinha ligada aquele amante deliciosamente obscuro e inconscientemente hipnotizador das minhas vontades.
Obra de um acaso, talvez pré-determinado assim que viemos a habitar este mundo. Fomo-nos descobrindo, e fui soltando aos poucos os dedos desta corda temporal.
Somos rio e marés, somos climas e frentes oclusas, somos tanto em tão frágil tempo…
Talvez um dia possas vir habitar o agora desértico caminho que leva ao meu igualmente frágil órgão.
Sem atalhos, sem facilidades, não leias sequer as regras!


Desejo-te apenas boa viagem.


Tens um extenso caminho por percorrer …

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Pureza...





Podia tentar descrever o que sinto com palavras e construções bonitas. Não quero.

Hoje encontro-me particularmente sensível.
Foi mais uma tarde em que por detrás de risos e desabafos percebi mais uma vez o valor das verdadeiras amizades.
Quero partilhar de novo os dias cheios de aulas com vocês, as nossas horas de almoço em que mais do que uma força nos unia e estes nossos laços se fortaleciam.
 Mais que uma família.
Tenho saudades e este sentimento persegue-me.
A vida, esta esfera em que nela somos os condenados, passa-nos a correr por entre os dedos. Crescemos, amadurecemos , fizemo-nos Homens e Mulheres. Temos quase findo um ciclo e em breve iniciaremos outro, seguiremos caminhos distintos e um ano passa a correr…
Se passa…
Amizades que fiz e que transcendem aquilo que apenas o mais oco coração de pedra nunca iria compreender…

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Não escrevas apenas...




As lágrimas que em mim caem, são como o mais ácido liquido que nunca sequer ousaste tomar, são como tinta indelével da caneta que escreveu a história que se perdeu, no nosso precoce segundo capitulo.
Abate-se sobre mim a pior das dores, torna-se difícil respirar, o corpo treme adivinhando um futuro em que a história é reescrita e já não és o herói, nem mesmo vilão, deixas de fazer parte dela, ficando eu entregue a mim mesma.
Não deixes essa dor corruir-me mais a alma que já está tão frágil, não a satisfaças deixando-a avançar.
Deixa então a folha em branco, pára o tempo, e suspende tudo.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Tentativas...




 Por vezes há palavra que esperam ser pronunciadas. Essas anseiam romper através do som da tua voz. Palavras que atinam e desatinam neste jogo do mais expedito. Palavras que ousam satisfazer e quebrar o desejo de me tornar  o cais de algum rio, o peristilo de um grande pórtico. Palavras estas que anseio que quebrem o silêncio, que dêm corda ao meu relógio, e avancem neste meu tempo consumido de gula por ti.
Por vezes há palavras que anseiam ser pronunciadas e depois se desvanecem sem lembrança ou mágua alguma.

domingo, 20 de junho de 2010

6 coisas que não sabiam sobre mim...

O Paulo passou-me o desafio e eu aceitei. Desde já não deixem de visitar o blog dele que é algo de fantástico, deixo aqui o link: http://placedopaulo.blogspot.com/ :)







1-Sou uma apaixonada por tudo o que não conheço, mitos, lendas, mundos transcendentes ( contudo não tenho nada a ver com góticos ou emos )
2-Sonho fazer uma viagem com um grupo de amigos de mochila às costas e dinheiro no bolso, sem destino, no land rover da Fi*
3-Adorava estudar cinema ou teatro em Londres, e ter um marido actor também, elegante que fosse comigo a uma gala dos óscares
4-Sempre que algo mau me acontece, corto as unhas, mesmo que estejam compridas e bonitas. É uma necessidade que tenho, algo que me faz virar a página e iniciar um novo capitulo
5-Dificilmente me chateio a sério com alguém
6-Nunca tive coragem para comer sushi


Passo o desafio à Mariana F. à Fi, e à Mariana M.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Reflexos...




Quão irónico é… Lavarmo-nos em lágrimas perante feridas superficiais, até que o mais ínfimo tecido se una, sare a ferida, e acalme a dor.
Quão irónicas… as palavras bravura e valentia que se me assemelham apenas no meu mais visível  corpo feito fantoche controlado por mim mesma
Quão irónico… falar do ser, passado e ao mesmo tempo presente perante o meu corpo gélido e tão fugaz que anseia por ser tocado, encontrando alimento no teu gesto
Quão irónico… falar do mais célere momento, casto e diáfano em que juras me foram o mais proteico sustento.
Quão irónica… A minha premência em desmantelar-me de ti

terça-feira, 8 de junho de 2010

A maior das minhas surpresas...


Sossegaste-me a alma assim que te mandei aquela mensagem com uma única réstia de esperança na busca de uma tão aguardada resposta, e... o fizeste!
Mandei-ta apenas e só com o intuito de me sossegar, procurando âmago por entre essas tuas manhas e encruzilhadas que são o que fazem de ti a pessoa menos banal que conheço.
Meti-me contigo apenas. Chamei-te aquele nome que outrora nos trouxe tamanha cumplicidade, tão desigual, tão desmedida, tão desprovida de qualquer ponta de falsidade que se acabaria por tornar na mais pura, inabalável ( mesmo que por momentos ) e transparente amizade.
Respondeste-me que a amizade que tivéramos só poderia ser reavivada no dia em que te esquecesse.
Nesse momento voltou-me a cair em cima o mundo, tal castigo qual Atlas e Hércules hão sofrido.
Disse-te que apenas o conseguiria fazer se me a desses e mascarei-me por segundos daquela cujo espírito se lhe havia enchido de compreensão e obediência.
Sabes bem que nunca o fui.
Disseste-me que tínhamos tempo, não havia pressas… Mas há em mim uma tamanha necessidade, cada e cada vez mais crescente de me libertar deste fardo peso, que chega a ser descontroladamente louca.
Voltei a consentir contigo, expliquei-te a minha vontade de partilhar os segredos que já há muito andava a guardar para mim e que ninguém melhor do que tu me conhecia.
Não voltei a obter resposta. Não me preocupei.
Impávida, coloquei de novo os pés na terra, e reflecti.
Cheguei à conclusão de que algo me havia acontecido, algo que não fora fruto do acaso mas sim da ligação cúmplice que mesmo à distância se manifestou.
Sem pressas vamos percorrer de novo o longo caminho e seguir por esses atalhos que a vida nos voltou a colocar.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Fi*


Porque há corridas que se ganham sem passos de gigante, porque há momentos que passam sem que a vida deixe trespassar translucidamente o sorriso que temos dentro de nós, a alegria de um sorriso adormecido feito cárcere,  porque por vezes as palavras nos tornam mais fortes e fazem prevalecer a vontade de tornar a fazer emergir sorrisos, e sobretudo porque ainda existem seres que nos querem ver bem, abraço-te num abraço que não mais quer se não trazer de novo a Filipa que todos os dias nos irradia e nos faz transbordar sorrisos que se encontram cavernosamente perdidos em cada baú <3

Embalo...

Gostava de te ter frente a mim, debruçar-me sobre o teu ombro, descansar nesse teu colo, e baixinho puder dizer “ Amo-te ”, gostava que me embalasses no embalo desse abraço que foi meu. Que saudades tenho das tuas mãos incrivelmente suaves de rapaz, dessas que me tocavam a pele e me transportavam para um mundo que ambos criávamos espontânea e inexplicavelmente, que saudades tenho da forma como me tocavas como nenhum outro o ousou fazer.

sábado, 5 de junho de 2010

Olhares

Ontem, quando a minha pequena esperança em que aparecesses por lá já quase que se extinguira, vejo-te a entrar.
Os ponteiros do relógio ficaram imóveis, lá fora, nem um simples insecto ousou quebrar o silêncio. Olho para ti, adoro-te com o olhar e adoro o que trazes vestido.
Sentaste na mesma mesa que nós.
O meu ritmo cardíaco aumenta, o liquido que corre nos túneis do meu corpo flui com tal rapidez que tenho que desviar o olhar com medo que se tornasse visível a minha ânsia por ser de novo amada por aquele que controla o meu mais pequeno movimento a quando da sua presença perante mim.
Volto a tentar alcançar mais uma vez a profundidade dos teus olhos que se tornam como espinhos dolorosos quando os encaro.
Naquele instante, estes cruzam-se com os meus.
Sem saber porquê, algo mais forte me obrigou a desviar o olhar.
Inexplicavelmente sinto-me a pessoa mais cobarde que conheço.