terça-feira, 27 de abril de 2010



Alcança-me...

Acordas-me a todos os instantes, inundando-me o meu sossego impossível. E escrevo sim, és-me, caligraficamente. O teu charme e enigmismo deixam-me com desejo de trespassar essa cortina e desnudar-te, descobrir-te, descobrir a pessoa que és e que ainda não fizeste trespassar completamente. Pois trespassa-me, atravessa-me, chega até mim, atinge-me. És o desconhecido, fogo, luz , o crepúsculo que aparenta ser invisível ao primeiro olhar e que exige concentração, um meticuloso sentido de observação para poder ser admirado, contemplado e devidamente decifrado. Cada dia me aturdes, me ludibrias, me emaranhas mais nessas tuas redes. Pois então resgata-me, faz-me ver o inequívoco, ter a percepção do luculento, mergulhar no teu íntimo, e por fim alcançar o teu “eu” mais cavernoso.

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